Conhecendo o Tarot, O caminho, A rota

» quinta-feira, 9 de maio de 2013


O Tarô é uma poderosa ferramenta nas mãos do homem que deseja libertar-se do medo e da ignorância. Seja utilizado como arte divinatória ou para o autoconhecimento, seu estudo, levado com seriedade e honestidade de propósito, vem abrindo a mente humana e reaproximando o homem de sua Divina Fonte.
A estrutura dos arcanos maiores pode ser entendida como o roteiro de uma longa jornada em que o ser humano se depara com uma série de situações. Essas situações são representadas por cada um dos vinte e dois arcanos maiores que, juntos, somam todas as experiências possíveis à existência humana.


Esse roteiro é revelado não de uma só vez, mas por etapas, ou seja, a cada arcano – que se apresenta no caminho como um portal de acesso às respectivas lições e experiências que povoam o inconsciente coletivo e individual. Ao somarem-se os vinte e dois arcanos, ou vinte e duas etapas, um ciclo se faz completo.

Durante esse percurso o indivíduo viveu, amou, odiou, sofreu, gozou, ganhou, perdeu, cresceu e aprendeu com todo o tipo de experiência. Ao concluir sua jornada ele está pronto; não para estacionar e dar por encerrada a sua caminhada, e sim para iniciar outra longa jornada em busca de si mesmo. Já com um entendimento um pouco superior ao do início de sua caminhada, partirá novamente do ponto zero, O Louco do Tarô. E, desta forma, partindo do zero e a ele retornando, sempre em movimento ascendente, seu caminho vai descrevendo uma espiral em direção ao infinito.

Vale repetir aqui o que Éliphas Lévi diz a respeito do Tarô:
“O Tarô é uma máquina filosófica que impede a mente de vagar, embora mantenha sua iniciativa e liberdade: é matemática aplicada ao Absoluto, a aliança entre o positivo e o ideal, uma loteria de pensamentos tão exatos quanto números, talvez a mais simples e maior criação do gênio humano...”
“Uma pessoa aprisionada, sem qualquer outro livro além do Tarô, se soubesse como usá-lo, poderia em poucos anos adquirir conhecimento universal e seria capaz de falar sobre todos os assuntos com autoridade inigualável e eloqüência inexaurível...”

Tarô – Rota, Torá
Se as hipóteses dos ocultistas acerca da origem do tarô deixam a desejar em termos históricos, em termos associativos e simbólicos podem ser bastante instigantes.
De acordo a análise do nome Tarô, ou Tarot, temos as sugestivas relações:
Tarot , escrito de trás para frente é igual a Torat , que em hebraico é o nome do Livro Sagrado do povo hebreu.

Ao ser considerada a origem egípcia temos:
Tar = caminho + Rho = rei ou real
•  portanto: Tarô = “O Caminho Real” ou “Caminho da Vida”
E por fim, Tarô , escrito de trás para frente transforma-se em Rota .

Dois Caminhos
O caminho do Tarô é dividido em duas vias de conhecimento possível ao homem: a “Via Seca” e a “Via Úmida”.
A Via Seca compreende os arcanos 1 a 11, respectivamente: O Mago, A Sacerdotisa, A Imperatriz, O Imperador, O Hierofante, Os Enamorados, O Carro, A Justiça, O Eremita, A Roda da Fortuna e A Força. É o caminho do conhecimento objetivo, da exteriorização. O aprendizado se dá de forma racional, através dos estudos e da análise. É a “iniciação solar”; o caminho do ocultista.

A Via Úmida compreende os arcanos 12 a 0, respectivamente: O Enforcado, A Morte, A Temperança, O Diabo, A Torre, A Estrela, A Lua, O Sol, O Julgamento, O Mundo e O Louco. É o caminho do conhecimento subjetivo, da interiorização. O aprendizado ocorre de forma inconsciente e intuitiva, através das impressões, da observação das emoções e dos sentimentos. É a “iniciação lunar”; o caminho do místico.


Outras relações:
Via Seca - animus, masculino, ativo, yang, positivo, quente.
Via Úminda - anima, feminino, passivo, yin, negativo, frio.




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